sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Conto

Crueldade de um Pai

Há muito tempo, havia uma menina que trabalhava na roça com seu pai e seus irmãos. Mas houve um dia em que ela não conseguiu trabalhar, porque estava muito fraca, então ela falou para a mãe como estava, e sua mãe concordou em deixa - lá em casa.
Porém na hora do almoço ela foi levar o almoço para seu pai e seus irmãos. Chegando - lá, ela entregou o almoço e falou para seu pai por que  não havia ido trabalhar por que não estava bem, e por isso ia voltar para a casa, o pai da menina, ao ouvir o que ela lhe-disse, falou que ela tava aprontando e começou a espanca - lá com o cabo da enxada até a morte na frente de seus irmãos. Depois que a matou, ele colocou a menina morta em seu ombro, a levou para sua casa e jogou morta aos pés de sua mãe. A mãe da menina, ao ver tal cena e o pai e a menina morta desmaiou levou para perto de um pé de bananeira. Lá, ele tirou o pé de bananeira, fez um buraco grande, e jogou a menina dentro e plantou o pé de bananeira novamente sobre o corpo da menina.
Nesse momento, ele vai correndo para a roça para fugir, mas seu filho mas velho, Cezar, foi correndo falar para a policia o que aconteceu e também foi ao benzedor pedir-lhes que fizesse uma oração forte para que seu pai não conseguisse fugir. Ele andava andava assim, a prece do benzedor foi ouvida o pai deles não conseguiu fugir  sempre que chegava a sua liberdade, depois de um tempo, seu filho mas velho ia e aumentava sua pena.
Porém, certo dia, um homem da mesma cela dele que ia ganhar sua liberdade dentro de 02 dias, mas ele o João, o pai da menina, muito esperto trocou sua identidade dele, pela a do outro preso falecido e conseguiu sair da cadeia.
A menina que morreu se chamava Maria e tinha 15 anos, seu pai se chamava João e tinha 40 anos e seu irmão mas velho tinha 19 anos.

Fiiim!!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Contos Populares e Contos Fantásticos



Conto Popular
O Velho
Um Velho tinha um filho muito trabalhador. Não podendo ganhar a vida como desejava em sua terra, despediu-se do pai e seguiu viagem para longe a fim de trabalhar. 
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A princípio mandava notícias e dinheiro mas depois deixou de escrever e o velho o julgava morto. 
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Anos depois, numa tarde, chegou à casa do velho um homem e pediu abrigo por uma noite. Durante a ceia conversou pouco e deitou-se logo para dormir. O velho notando que o desconhecido trazia muito dinheiro, resolveu matá-lo. 
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Relutou muito mas acabou cedendo à ambição e tentação e assassinou o hóspede, enterrando-o no quintal do sítio. Voltou para a sala e abriu a mala do morto. 
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Encontrou ali as provas de que se tratava do próprio filho, agora rico, e que vinha fazer-lhe uma surpresa. 
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Cheio de horror, o pai matador foi entregar-se à justiça e morreu na prisão, carregado de remorsos. 
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Origem: Este é um conto da Tradição popular do Minho em Portugal. Esta versão, ligeiramento modificada, é comum no Nordeste do Brasil desde o século XIX. 
 Conto Fantástico
A Garota da Chuva
 Dizem que nasceu em dia de tempestade. Não se sabe ao certo se a chuva veio por causa dela ou se ela veio por causa da chuva, sabe-se apenas que trazia a chuva no olhar. Desde pequena, tornou-se notória entre os mais chegados: todas as vezes que colocava os pés para fora de casa, um aguaceiro desabava sobre a cidade.
      No princípio era divertido, sentia-se especial, diferente das outras meninas. Com o passar do tempo, percebeu que as pessoas a olhavam de uma forma estranha e se afastavam apressadas tão logo ela se aproximava. Muito cedo, não restaram mais amigos. Era o início da sua solidão.
      Vez por outra, sua mãe a levava para dar um passeio na praia, sempre com um guarda-chuva à mão. Ela andava pelo calçadão deserto, e tentava imaginar como seria num domingo de verão, com as pessoas se divertindo, felizes... Ficava a contemplar o mar, em meio ao aguaceiro e sentia-se deprimida em saber que nunca seria igual às outras pessoas. Ela nunca viveria a felicidade solar de um dia de verão.
      Foi crescendo, cada vez mais pálida, vendo o sol pela janela do seu quarto, mas sem nunca poder senti-lo na pele. Em sua cabeça, fantasiava um romance entre o sol e a lua, onde um jamais se encontraria com o outro, a não ser por alguns momentos, ao amanhecer ou ao entardecer do dia.
      Tentou descobrir o que acontecia com ela. Pesquisou em livros, na internet e onde mais pudesse ser encontrada uma resposta para essa anomalia inexplicável, tudo em vão. Não conseguiu a menor pista que ajudasse a desvendar o mistério que era sua vida. Ela era única, e nada poderia modificar isso.
      Um dia, cansada de ficar em casa, resolveu sair. Sua amiga inseparável, a chuva, a recebeu logo que chegou ao portão. Não levou guarda-chuva, tampouco avisou sua mãe. Simplesmente foi andando a esmo, pelas ruas vazias da cidade, e quando deu por si estava sentada  num banco, em frente ao mar. Não havia ninguém à vista, a chuva agora caía aos borbotões, e ela, apesar de totalmente encharcada, sentia seu corpo quente como nunca antes sentira. Tirou os sapatos e caminhou devagarzinho pela areia molhada. Chegou à beira do mar, a água estava morna, a chuva agora lhe parecia reconfortante. Entrou um pouco mais na água, achando maravilhosa aquela sensação de ser abraçada pelo imenso oceano e nem percebeu que a correnteza furiosa a puxava cada vez mais para longe da areia.
      Foi encontrada três dias depois, por pescadores, boiando de olhos abertos para o céu azul. Mesmo com o corpo inchado, podia-se perceber um claro sorriso em seu rosto pálido.
      Fazia um lindo e ensolarado dia de outono.
Estela lambeu os lábios. O dia ainda estava claro, mas uma lua cheia afogueada já surgia no céu. Estava tensa. Queria uivar. Queria agir como loba, como uma das tantas lobas que vagavam nas ruas, nos campos, na imensidão do mundo. Todas assim, resfolegando de ansiedade antes do anoitecer.
      Tudo começara depois da primeira transa após os trinta anos. Era um cara lindo, bem mais novo que ela, tinha 6% de gordura no corpo e, ao que tudo indicava, o mesmo percentual de QI. Na época não ligara pra esse detalhe, só sabia que dava gosto apalpar aquele corpinho rijo, firme, viçoso... Aquele fedor de suor, dos hormônios e do relaxo da juventude, que Estela aspirava com vontade, cheia de tesão.
      Se dependesse dela, desfilaria todo dia como uma verdadeira alfa no covil dos shoppings, dos restaurantes, das praias e dos clubes com o seu amante a tiracolo. As outras lobas salivavam, inflando os peitos dentro de suas blusas, camisetas e vestidinhos, todas de olho no garotão da Estela. Que as vigiava com o canto dos olhos, sem perder nenhum movimento das rivais. Ah, nas lobas, não dá pra confiar! Mulheres de todo tipo, fêmeas chiques dos Jardins, teens sardentas e bronzeadas, intelectuais de cabelinho preso, garçonetes sexualmente contidas em seus uniformes sóbrios. Todas morrendo de inveja de Estela. E isso também dava tesão, e como!
      Isso foi tempos atrás. As coisas mudam, sabem como é. No caso, o que mudou foi a disposição física de Estela, agora um dínamo de energia e excitação. O problema era a vontade quase incontrolável de uivar, pular e correr por aí, de preferência nua, num local selvagem. Mas, na falta de uma paisagem mais exuberante, podia ser ali mesmo, no asfalto estreito das ruazinhas de Vila Madalena. E a hora era agora, hora de espreitar, de observar, sentada no barzinho com as pernas musculosas cruzadas, mal-acomodadas sob uma mesinha pequena demais pro seu corpão moldado em academia. Pois é. Paciência. Estela franziu o nariz aquilino, farejando o ar. Nada. Contrariada, bebericou o chope. Soprou a fumaça da última tragada do cigarro e livrou-se do toco politicamente incorreto, que descreveu um semicírculo no ar, indo cair direto dos seus dedos para a sarjeta.
      Lá do fundo do bar, da área de não-fumantes, veio um olhar de reprovação. Um sujeito de gravata olhava feio pra Estela e pro cinzeiro próximo, onde os restos de cigarros malcriados deveriam ser depositados. Ela rosnou baixinho. O homem tinha uns trinta anos, era posudo, com cara de bem-sucedido. A loba mordiscou os dedos de unhas longas pintadas de bege, mais claras que a sua pele. Sim, sim. Afinal as coisas estavam acontecendo. Abriu a boca, mostrando os dentes alvos e deixando a boca carnuda falar sem palavras. Leitura labial que o estranho soube fazer muito bem.
      Descruzou as pernas. O vestido solto, cor de chocolate, era quase continuação da sua pele morena. O homem engoliu o último gole do seu uísque e seus olhos percorreram as pernas da loba, indo e vindo, indo e vindo... Estela quase podia vê-lo arfando com a língua de fora, examinando a situação como um macho desconfiado. Perdera aquele ar certinho e arrogante em algum ponto entre a boca, o peito, as coxas e o cano das botas de camurça de salto altíssimo de Estela. Ela e ele ficaram assim, num diálogo silencioso e cheio de malícia, durante alguns minutos.
      De repente, ele dobrou o jornal americano que fingia ler. Olhou a conta e jogou o dinheiro, displicente, sobre a mesa. Sinalizou para o garçom, apanhou o paletó, o jornal, e veio andando na direção de Estela. Uau, era um ataque frontal? Mas o sujeito passou por ela. Ao passar, abaixou-se para pegar o toco do cigarro no chão. Ah, era esse o plano? Ia jogar a guimba no lixo pra dar uma lição sutil na perua mal-educada. Mas lobas não gostam de sutilezas. Não esta loba. Com um movimento rápido, Estela fincou o salto da bota no meio da mão larga e bem manicurada do homem.
      Ele não falou. Apenas olhou, atônito, lá debaixo de sua pose vexatória, para a loba de um metro e oitenta que o fitava, a boca enorme aberta num sorriso malvado, a língua vermelha e sem-vergonha passeando pra lá e pra cá nos lábios de caramelo.
      Ela não falou também. Apenas continuou a afundar ainda mais o salto cruel na maciez da mão espalmada. Com vontade. Com volúpia. Afinal, era sangue, o que queria. E o olhar do macho, mesmo na dor, mesmo com vontade de meter a mão naquela mulher, insistia em percorrer os caminhos meio obscuros, meio reveladores, por debaixo da saia cor de chocolate, dando maior bandeira do seu tesão.
      Então, sob os olhares curiosos, ainda com a mão sob o jugo do salto agulha torturante, o homem ajoelhado aproximou os lábios da bota. E a beijou.
      A bota se afastou e deixou livre a mão vencida. Ele pegou no braço dela. E, juntos, deixaram o bar. O jornal ficou lá, esquecido, mais um lixo na sarjeta, junto à pequena guimba manchada de batom. 
Lua cheia plena, no alto. Estela escovava os cabelos molhados depois do banho relaxante. Olhou-se no espelho do quarto, nua, a pele reluzindo de frescor. Sentia-se gostosa. Grande. Poderosa. Era sempre assim, depois de uma boa caçada. Fora depois dos trinta que começara a caçar. Lembrava-se muito bem. O garotão bonito viera com o papo de dar um tempo, enquanto armava pra cima dela com uma adolescente cheia de celulite. Pra cima dela, vejam só... Não gostava tanto assim dele, mas uma mulher desprezada sempre quer sangue. E às vezes vira loba. Naquela noite, sob a luz da lua cheia, transara com o jovem amante infiel. Uma transa cheia de raiva, de tesão e de veneno. E, quer saber? Fora a melhor transa que tiveram em toda a relação. Mas isso não era nada, comparado com o que se seguiu.
      Só podia ser feitiço. E poderoso. Nunca soube por que e nem como, mas o desejo que gritara em silêncio durante o sexo se concretizou. O garotão esqueceu a outra, escolheu ficar com Estela. O mesmo se deu com todos os amantes que vieram depois, homens brutos e mandões que se transformavam de imediato em fiéis companheiros. Um a cada mês, sempre na lua cheia. Doze por ano. Sessenta e quatro até agora. Amantes belos, fogosos, insaciáveis, com os quais só podia fazer sexo uma única noite. Todos aqueles homens deliciosos! O problema era o dia seguinte. Os rabos abanando, felizes. A língua arfante nos focinhos eufóricos. A transformação em um animal irracional. Estela tinha que enxotá-los. Eles uivavam e ganiam, mas, no final, iam embora, os rabos entre as pernas, o olhar magoado. Ah, o que podia fazer? Não tinha espaço em casa para um canil. E nem dinheiro para comprar tanta ração...
      Mas o garotão, ela fez questão de manter. Caminha todos os dias com ele. Leva-o ao veterinário, mantém todas as vacinas em dia. Comprara até umas roupinhas de frio no petshop pra ele, que, por sinal, parece bem feliz com a sua nova vida canina.
      Hoje era lua cheia mais uma vez. E havia mais um macho no seu quintal. Um tipo arrogante, cheio de pose. O garotão não gostou muito da concorrência, mas acabou se conformando. Afinal, mesmo com o seu QI pequenininho, sabia, pela experiência, que logo o novato seria enxotado como os outros. Pelo menos ele achava que sim. Ela achava que talvez.
      Estela pingou duas gotas de perfume no seu pescoço. Às vezes sentia falta de um macho fixo. Alguém diferente, com quem atravessaria a noite e alcançaria o dia sem se perder nesse labirinto confuso de desejos e instintos desenfreados. Não para desfilar entre as outras lobas, mas para compartilhar algo maior. Mais profundo. Mas lobas não entendem de coisas profundas. Quem, afinal, entende?
      Estela abriu a janela e olhou para o céu, deixando o vento pentear os seus cabelos. Viu as estrelas, ah, tantas estrelas! Um longo uivo começou a brotar de sua garganta. Do quintal, os uivos dos dois machos juntaram-se ao seu.
       E a noite, por um breve instante, foi deles. Só deles. 
O que é contos populares e contos fantásticos?
Os contos populares são contos que passam de geração para geração e que narram histórias baseadas em fatos reais.
Os contos fantásticos são contos irreais que se baseiam em ficção e fantasia.
Veja os exemplos:
Contos Fantásticos:
http://www.contosfantasticos.com.br/
     

quarta-feira, 10 de agosto de 2011